quinta-feira, 8 de dezembro de 2011




Solitária Locação


Voa longe o canto,
Voa ao vento,
Alcança tristeza de pranto,
É a lágrima que escorre dizendo.

Vai-se dia monótono,
Coração de dores gemendo,
É gélido frio de outono,
Por trás de sorrisos, sofrimento.

É ferida aberta!
É cicatriz de momento,
É um grito de alerta!
É dor que esmaga o peito.

De alguém jaz vazio,
E alma chora em segredo,
Onde foram aqueles sorrisos?
Para onde, onde foram sentimentos?

Esta represa coração,
As águas do pranto retendo,
Um dia os muros cairão,
E este rio correrá em fúria seu leito.

Aos poucos sem batidas o coração,
Aos poucos me sinto sem talento,
Sem norte, sem uma direção,
Aos poucos as palavras vão se perdendo.

É penosa a busca por um raiar de dia,
Sem o mover daquela emoção e o gesto,
Sem forças a alma cai em seguida,
Sem esse amor e seus sábios conselhos.

Um novo dia quero ver, mas ainda não posso,
Então agora vivo a sorte do tormento,
Sorte do que se vai escorrendo pelo rosto,
Sorte fúnebre que me envolve agora os pensamentos.

Esperar dia chegar é o que me resta,
Ver sol nascer no horizonte mais belo,
O coração renascer vivazmente como as flores da ravina,
Não ser mais tão solitário e encontrar o que mais anelo... 







Por Deny Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário