terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Perdão 1ª Parte






PERDÃO: UM ATO MILAGROSO
Marcos 2:7-11 (RA) "Por quê fala ele deste modo? isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus?... Jesus... disse-lhes: ... Qual é mais fácil, dizer ao paralítico: estão perdoados os teus pecados, ou dizer: levanta-te, toma o teu leito, e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados - disse ao paralítico: Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para a tua casa.


PERDÃO CONDICIONAL
Mat. 6:12 (BLH) "Perdoa as nossas ofensas como também nós perdoamos os que nos ofenderam".
Lucas 6:37 (NVI) "Perdoem, e serão perdoados".
Mateus 6:14-15 (NVI) "Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas".
Já que assumimos que o ensinamento de Mat. 6:15 e outros versículos semelhantes são entendidos e reconhecidos como verdadeiros, ao invés de enfatizar a NECESSIDADE de se perdoar neste Estudo Bíblico de duas partes - estaremos analisando cinco substitutos baratos ou impedimentos relacionados ao perdão. Mais adiante iremos ver o que o perdão realmente é, como obtê-lo, e como permanecer nele. E assim veremos que perdoar é mais difícil e, por outro lado, mais fácil, do que pensávamos.


PECAR É HUMANO
Quando somos feridos, abusados, ou insultados a reação da "carne" (a natureza caída) é revidar. Nós maquinamos revanche, ou nos afundamos em amargura. Isto é "humano". Mas Deus requer perdão, senão Ele não nos perdoará. Se não quisermos - ou não pudermos - perdoar, então não há razão para orarmos por perdão , porque Deus nos disse claramente que não o receberemos. Também não adianta evitarmos o assunto nos distraindo com obras religiosos, ou louvores a Deus quando nossos corações estão cheios de pecado.
Marcos 11:25 (NVI) E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados".
Como exercício, pense em algo verdadeiramente mal que foi feito contra você ou alguém que você ama, não por acidente ou erro, mas deliberadamente e com malícia - quando você encarou o maligno cara a cara e a dor que foi causada pelo ocorrido em suas emoções - para verificar a veracidade das seguintes considerações.


1) O QUE NÃO É PERDÃO: O HÁBITO DE SE FINGIR PARA MANTER AS APARÊNCIAS...
Você se lembra quando era criança e algum adulto lhe forçou a "perdoar" alguém que foi forçado a dizer "desculpe-me" primeiro? Isso realmente reflete o arrependimento do ofensor ou é verdadeiro perdão dado pela vítima? Bem, talvez sim, mas em raros casos. Vamos ser honestos e reconhecer que essa encenação das crianças é mais uma tentativa dos adultos de acabar com hostilidades temporariamente, porque elas continuarão com a intenção de se envolver nas mesmas atividades violentas (e não serem pegas) e/ou se vingar mais tarde - quando os adultos não estiverem por perto. Adultos forçam crianças a passarem por essas coisas porque brigas em uma família ou grupo de crianças é prejudicial e insuportável - e também porque querem ensiná-las. E quando há essa encenação, há pelo menos um al! ívio temporário. Mas a dor de Deus é muito mais aguda quando Ele vê nossas brigas uns com os outros, e Sua solução é um pouco mais profunda do que meras palavras, mímicas, ou fingimentos. O Seu alvo não é uma encenação hipócrita, mas sim a verdade que vem de dentro para fora.
Esta encenação de "perdão " frequentemente se estende à vida adulta como um substituto superficial para o verdadeiro perdão. Nós pensamos que se meramente dissermos que estamos arrependidos bastará. Mas, será que Deus é enganado por nós? Será que há um lugar onde podemos escapar dos Seus olhos? Será que Ele não vê o desejo secreto de vingança ou o ódio amargo atrás dos sorrisos? Desde quando Ele fica impressionado com meras palavras, quando em nossos corações a atitude é outra?
Marcos 7:6 (Phi) Jesus replicou, "Hipócritas, Isaías descreveu vocês perfeitamente quando escreveu: 'Estas pessoas me honram com seus lábios, mas seus corações estão longe de mim'. Estes ensinamentos são regras feitas por homens".


2) NEGAÇÃO É PERDÃO?
A inabilidade de se perdoar verdadeiramente é frequente devido ao falso conceito de que "esquecer é perdoar". Esquecer NÃO é perdoar. Se perdoarmos, nós esqueceremos daquilo que aconteceu. Mas o reverso não é verdadeiro: esquecer não é perdoar - é negar.
Salmo 51:6 (RA) Eis que te comprazes na verdade no íntimo...
Se tentarmos alcançar um perdão falso tentado deliberadamente ignorar a ofensa, estaremos nos enganando e enganando a outros. Mas todas as emoções, maquinações e feridas estão lá - só que colocadas num outro plano através da força de vontade de deliberadamente negar os fatos. Mas ai vemos "aquela pessoa" novamente e toda a amargura e dor se manifesta dentro de nós. Ou em outros momentos - quando esta ginástica mental não pode ser mantida - nós nos pegamos em uma elaborada meditação de vingança ou em crises de fúria e ódio. Então vemos quão profundo e ineficaz este tipo de "perdão " realmente é.
Uma mente contaminada com negção tem um terrível hábito de "explodir" nos momentos mais inoportunos.
I João 2:9 (RA) Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, está nas trevas, e anda nas trevas... A negação é uma mera desilusão - frágil, fingida e superficial. O perdão é algo real - robusto, sólido e profundo. Não é evitar a verdade, mas sim lidar com ela francamente - não se importando o quanto doa. Considere a perspectiva de Deus. Nada está escondido aos Seus olhos - os maus intentos, a lascívia escondida, o dano causado, o escolher aquilo que é errado, etc. Ainda assim, Ele é o Autor e o Criador do perdão. Se formos verdadeiramente perdoar, teremos que fazê-lo de acordo com Seus métodos - e com nossos olhos abertos. Pois aqueles a quem Deus escolhe perdoar, Ele "esquecerá" seus pecados, "não mais se lembrando deles". Contudo, não acusemos o Deus Onisciente de não saber algo, ou de ser ignorante ! quanto a qualquer fato. Ele nos disse que NADA lhe está escondido. Ao invés disso, devemos entender as "figuras de linguagem" e as dinâmicas espirituais de COMO Deus perdoa.
Hebreus 8:12 (NVI) Pois eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados".
A ordem aqui é essencial. Primeiro o perdão , depois o esquecimento. Enquanto o verdadeiro perdão não acontece, a ofensa continuará entre nós e a pessoa com a qual tivemos problemas, e o mesmo ocorre em relação a Deus. O pecado se coloca entre nós e não pode ser "esquecido" até que lidemos com ele. Se, e quando entrarmos em verdadeiro perdão , podemos considerar a pessoa sem que a "ofensa" esteja entre nós.
Isa. 43:25 (RA) Eu, eu mesmo, sou o que apaga as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.


( Continua... )



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