quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Deixando as pessoas serem pessoas










“Neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer o homem?” (Salmo 56:11).
Quanto mais confiamos na proteção de Deus, melhor podemos lidar com a imperfeição humana. 
Não há outra maneira saudável de sobreviver em um mundo torto. Nada além do amor divino pode nos preparar para amar os outros como devemos, pois é a nossa segurança no amor perfeito de Deus que torna seguro amar aqueles que não são perfeitos. Sem o Deus que as ordenou, as leis do amor seriam difíceis e perigosas, sem dúvida.

Quando a nossa maior confiança está em Deus, não somos tão vulneráveis em relação às decepções que surgem ao lidarmos com outras pessoas. Podemos ser autenticamente pacientes e longânimos. Ainda ficamos profundamente magoados quando as pessoas nos decepcionam, e, certamente, não é correto fingir outra coisa. Porém, em nossa mágoa, podemos ver essa realidade de uma perspectiva muito maior. Quando nossos “tesouros” terrestres são ameaçados, não reagimos da mesma maneira que reagiríamos se os mesmos fossem os nossos únicos tesouros.

Até o ponto em que confiamos no poder de Deus para cumprir seus propósitos à sua própria maneira, não seremos levados pelo impulso de “controlar” o que acontece ao nosso redor e de evitar que certas coisas aconteçam.“Com o fortalecer de sua fé você descobrirá que não há mais a necessidade de se ter uma sensação de controle, que as coisas fluirão do jeito que devem fluir, que você fluirá com elas para sua grande alegria e benefício”.
Quando confiarmos o cumprimento de nossas necessidades mais profundas a Deus, não olharemos para outros seres humanos fazendo com que nos forneçam mais do que são capazes de fornecer. Nossas expectativas para com as outras pessoas serão mais realistas quando vimos Deus como a única fonte daquilo que mais precisamos. Seguros em seu amor, não colocaremos em mais ninguém a carga impossível de nos amar perfeitamente.

Deve-se dizer, no entanto, que a confiança na perfeição de Deus nos liberta para vermos as nossas próprias limitações por um ângulo melhor. O orgulho é, afinal, algo muito cansativo e improdutivo, e o reconhecimento humilde de que não somos Deus não nos confina, dá-nos poder. Faremos um trabalho melhor, tornando-nos verdadeiros seres humanos, quando paramos de tentar fazer o trabalho de Deus e nos concentramos nas tarefas que verdadeiramente nos cabem.

"A fé permite que as pessoas sejam pessoas porque permite que Deus seja Deus."
(Carter Lindberg)

Por Gary Henry


Fonte:  Estudos da Bíblia 

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